Os campeões nacionais perderam com o Sporting de Braga, por 2-1, numa partida que fica marcada por vários episódios estranhos e tristes. Bolas de golfe, um lance em que só houve olhos para Javi García, dualidade de critérios… quase parece que vale tudo em Portugal. É este o nosso futebol!
Este encontro da 22.ª jornada da Liga portuguesa teve um início bastante movimentado e disputado, com ambas as equipas a apostarem numa entrada forte. O primeiro lance de perigo pertenceu aos campeões nacionais, num contra-ataque de Saviola, que abriu para a direita, onde estava Jara solto, que acabou por atirar por cima da trave bracarense.
Os minhotos tentavam ter mais iniciativa atacante, mas o perigo pertencia sempre aos “encarnados”, que apostavam num sector ofensivo muito aberto nas alas, de forma a dar profundidade e velocidade a todo o ataque, com trocas constantes entre os quatro elementos da frente. A estratégia acabou por dar frutos aos 24 minutos.
Carlos Martins assumiu a cobrança de um livre frontal a cerca de 17 metros da linha de golo e depois de rematar forte e rasteiro para defesa incompleta de Artur Moraes, Saviola apareceu solto ao segundo poste a “fuzilar” o guardião brasileiro. Mais um tento cheio de oportunidade do argentino. Durante os normais festejos, Cardozo acabou por ser atingido por um bola de golfe, obrigando o paraguaio a receber assistência médica.
Óscar Cardozo recuperou e no minuto seguinte (28’) quase elevou a contagem, com um remate de costas cheio de intencionalidade, que obrigou Artur Moraes a aplicar-se a fundo. O Sporting de Braga teve uma ocasião à passagem da meia hora, mas Roberto fez uma defesa espectacular a pontapé de Lima. Entretanto iam caindo mais objectos no relvado, com um deles a atingir Carlos Martins na cabeça...
O guarda-redes de Braga voltou a estar em destaque aos 39 minutos, a parar um remate potente de Cardozo, efectuado a cerca de 25 metros da baliza. Depois desta clara ocasião de golo, veio o caso do jogo. Lance dividido entre Javi García e Alan, junto ao banco da formação da casa, com Carlos Xistra a expulsar o espanhol com um vermelho directo. Face às imagens televisivas conclui-se que é uma decisão muito duvidosa da equipa de arbitragem. Na cobrança do livre, Hugo Viana acabou por ser feliz, com Roberto a ser enganado pela trajectória da bola. Ao intervalo, o empate era injusto, pelo que o Benfica apresentou no Estádio do Sporting de Braga.
Com o Benfica reduzido a dez elementos por expulsão de Javi García, Jorge Jesus substituiu Saviola por Airton e viu os minhotos a entraram fortes na etapa complementar, mas sem criarem grandes oportunidades de golo. Aos 58 minutos, Felipe Menezes bateu um pontapé de canto, com Luisão a estar perto da justiça, depois de um cabeceamento forte à figura de Artur Moraes.
Aos 78 minutos, depois de uma iniciativa individual de Mossoró, os bracarenses fizeram o segundo golo, com um remate potente, sem hipóteses para o espanhol do Benfica. Na resposta, Fábio Coentrão entrou na área e tentou enganar Artur com um remate colocado sem êxito. Já com Kardec e Gaitán em campo, os campeões nacionais pressionaram, mas não conseguiram dar a volta ao marcador. Segue-se a recepção ao Portimonense, para a 23.ª jornada.
O Sport Lisboa e Benfica apresentou o seguinte onze: Roberto, Maxi Pereira, Luisão, Sidnei, Fábio Coentrão, Javi García, Felipe Menezes (Gaitán 71’), Carlos Martins (Kardec 77’), Franco Jara, Saviola (Airton 46’) e Cardozo.
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