Sabias que...

Sabias que a mãe de Javier, dona Mary, não falta a um jogo do Benfica realizado em casa?

Pequeno excerto do livro de Javier Saviola:

"Tenho a minha fã número 1 dentro de casa. Que previlégio!

Mãe Mary é fanática por futebol, mas principalmente por mim. A mãezita adora ir ao estádio ver os meus jogos. Não perde uma partida em casa. Mas não quer a zona reservada aos familiares, nada disso. Prefere a bancada, no meio dos adeptos. Fica louca! Gesticula, grita, protesta com o árbitro, com os adversários... não pára.

Ela sabe que eu não gosto disso. Fico envergonhado. Receio que as pessoas a identifiquem e possam confundir aquilo que é um comportamento exagerado mas bem intencionado, com outras coisas mais perversas. É mais forte do que ela. Entretanto, fui vencido pelo cansaço e já me conformei. No fundo, no fundo, sinto orgulho pelo comportamento dela. Exageros à parte...

No jogo do Benfica frente ao Marselha, para a Liga Europa 2009/10, passei uma vergonha das grandes. Como sempre, dona Mary resolveu ir para a bancada. Azar dos azares, na fila de baixo havia um adepto com um cachecol do Marselha.

O homem, como é natural, não se inibia de puxar pela sua equipa. A mãe foi "fervendo"... e quando o Maxi Pereira marcou o primeiro golo, explodiu! Fez questão de festejar, de forma bem sonora, a um palmo da orelha "adversária". Já no final, contra todas as previsões, Ben Arfa fez o golo do empate. A mãe ficou possessa, ansiosa por um pretexto que lhe permitisse descarregar a ira. Bastou o homem do cachecol esboçar um tímido festejo. Foi a senha para Mary desfiar um rol de impropérios até ao final do encontro.

Como sempre acontece no final dos jogos realizados no estádio da Luz, há uma zona destinada ao convívio entre atletas e familiares. Pois, por incrível que pareça, o dito homem do cachecol também lá estava. Era amigo do Carlos Martins! Que vergonha... Nunca cheguei a falar com o Carlos sobre este episódio. Vai saber quando ler o livro. Desculpa Carlos, mas tu sabes: mãe é mãe."