Jara faz dupla com Saviola

De colete vestido tem andado Franco Jara pelo banco dos suplentes do Benfica, do qual poderá saltar para o elenco inicial na recepção ao Marítimo, no próximo domingo, para a 1ª jornada do Grupo B da Taça da Liga. Cardozo está para chegar, a vaga ao lado de Saviola é para ocupar, e o jovem contratado aos argentinos do Arsenal de Sarandi foi ontem testado com insistência por Jorge Jesus na frente de ataque, secundada pelos compatriotas já cativos no onze, que terá novidades no sector mais recuado.
E as indicações até foram positivas, merecendo Jara aplausos dos adeptos presentes e incentivos do técnico quando uma das suas incursões na área foi concluída com remate para defesa de categoria de Júlio César. Jesus efectuou várias combinações, utilizando distintas duplas no ataque, mas também no centro da defesa. Todavia, foi o alinhamento ofensivo com Saviola e Jara aquele que mais minutos somou, numa prova clara de que o camisola 11 está na calha para entrar no onze, ultrapassando Alan Kardec, tido até então como sucessor natural de Cardozo.
No campeão, ninguém quer dar azo à colocação de um rótulo de desperdício de dinheiro à contratação de Jara pelo facto de este, no último defeso, ter custado aos encarnados 5,5 milhões de euros, logo a promessa de maior utilização na segunda metade da temporada já foi feita, surgindo o Marítimo e a Taça da Liga como uma oportunidade para cumprir o prometido, até porque o mês de Janeiro acarreta intensas disputas competitivas, nas várias frentes. Jorge Jesus não abre mão de um atleta que recomendou - e que, recorde-se, esteve em destaque no arranque da época -, tendo já vetado a saída do avançado para Racing de Avellaneda ou River Plate, emblemas argentinos que queriam incluir Jara nos negócios de José Luis Fernández e Funes Mori.
Se a possibilidade de Saviola ter Jara a seu lado no desafio de domingo é elevada, praticamente certa é a presença de Salvio, Aimar e Gaitán no meio-campo, actuando assim o Benfica com os cinco argentinos do plantel nas posições mais adiantadas do terreno. Jesus não vai, ao que tudo indica, poupar nos recursos ofensivos, pois um arranque de ano vitorioso é tido como indispensável para a recuperação da confiança outrora perdida.