A Argentina é o país latino-americano que “perdeu” mais jogadores em 2010, com 2204 futebolistas a emigrarem na busca de melhores salários no estrangeiro, ultrapassando assim, pela primeira vez, o Brasil.
Há alguns anos que o mercado argentino tem sido seguido atentamente pelos clubes portugueses. Depois de Claudio Caniggia no Benfica, tem proliferado a entrada de jogadores deste país sul-americano em Portugal.
Os maiores êxitos recentes foram de Lucho Gonzalez e Lisandro López, no FC Porto - entretanto no Marselha e no Lyon, respectivamente - bem como Di María, Pablo Aimar e Saviola, no Benfica.
Aliás só nas águias estão neste momento cinco argentinos – Sálvio, Aimar, Gaitan, Jara e Saviola - a que se poderá juntar Fernandez a breve prazo, aumentando para seis. O FC Porto tem no actual plantel três – Otamendi, Belluschi e Mariano Gonzalez – mas na época passada eram sete: Benitez, Belluschi, Valeri, Mariano Gonzalez, Tomás Costa, Prediger e Ernesto Farias.
Número idêntico ao de 2008/09, com Mário Bolatti, Andrés Madrid, Lucho Gonzalez e Lisandro López a figurarem nesse lote.
A título de comparação, a nível internacional, na época passada 1.674 jogadores brasileiro saíram do seu país, um número que baixa em relação ao de 2009 (1.898) revela o estudo feito por Gerardo Molina Company Latin America e Euromericas Sport Marketing.
Apesar do registo português de jogadores argentino estar a aumentar, 80 por cento das transferências destinam-se a Espanha, Inglaterra, Itália, Alemanha, França e Holanda.
Números que se traduzem directamente em fonte de receita para os clubes.
As verbas encaixadas pelas transferências, tanto no Brasil como na Argentina, já ultrapassam em muito as dos seus principais patrocinadores, venda de merchandising, direitos televisivos e bilheteira.
Só em 2010, as transferências “deram” aos clubes argentinos 425 milhões de euros e 326 às equipas brasileiras.
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