segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sabias que...

Sabias que o Javier já sofreu muito durante a sua carreira?

Pequeno excerto do livro de Javier Saviola:

"Nunca me envolvi em confrontos físicos com ninguém. Isso jamais acontecerá. Não é da minha natureza nem faz parte da minha educação. Sou um espelho fiel do pai Cacho. Devo-lhe a forma serena como sempre me mostrou a vida. Penso que essa postura também explica muito o meu comportamento dentro do campo. Contam-se pelos dedos o número de cartões que vi ao longo da carreira. Sou incapaz de reagir a um insulto. Prefiro ignorar. A verdade é que com este corpinho o melhor é nem arriscar... Quando me estreei na Primeira Divisão, não me esqueço de um episódio ocorrido com Arzubialde, jogador de Jujuy. Depois de uma entrada violenta, que me deixou estendido no chão uns bons minutos, Arzubialde aproximou a boca do meu ouvido e disse: "Levanta-te, estúpido de merda! Se tentas passar outra vez mato-te!". Olhei-o no fundo dos olhos e pensei: "Espera aí que já vês". E marquei golo. Mesmo com os meus companheiros no River não tive vida fácil. Roberto Trotta era o defesa encarregue de me marcar nos treinos. Fazia-o com ameaças contínuas: "Vou-te partir todo, miúdo. Passas e levas." Com o guarda-redes Burgos, meu companheiro no River e meu grande amigo, foi mais grave. Num dos primeiros treinos com os profissionais, resolvi fazer um slalon frenético de fintas entre os meus companheiros até à baliza. Uma vez aí chegado, Burgos resolveu dar-me a lição: ignorou a bola e, com o pé no ar, atingiu-me violentamente no peito. Tombei como uma peça de dominó , levantei-me assustado e ele disse-me: "Não te esqueças que isto é a Primeira Divisão. Acostuma-te. É assim que te vão tratar a partir de agora." Os seis pitons ficaram marcados no meu peito e a lição ficou marcada na minha memória."

Sem comentários:

Enviar um comentário