sexta-feira, 29 de julho de 2011

Campeonato do Mundo Sub-20: uma fábrica de Estrelas

* Zero Zero

O Campeonato do Mundo Sub-20 é, sempre foi, e sempre será o primeiro grande palco para os primeiros passos das futuras estrelas mundiais.

Ao longo de 17 edições a competição já passou pelos cinco continentes: da Austrália ao Canadá, do Chile a Portugal, da Malásia aos Países Baixos, muitas estrelas tiveram entrada directa no firmamento do futebol mundial. 
Nomes como Diego Maradona, Davor Šuker, Luís Figo, Ronaldinho, Javier Saviola, Xavi Hernández, Lionel Messi, Iker Casillas, debutaram na altar roda em edições passadas da competição.
 
Bolas de ouro e goleadores
 
O prémio da bola de ouro foi entregue a craques que o tempo confirmou e dispensam apresentação como Maradona (1979) ou Messi (2005); mas outros grandes nomes do futebol receberam o mesmo prémio: o jugoslavo e depois croata Robert Prosinecki (1987), o malinês Seydou Keita (1999), o brasileiro Paulo Silas (1985) - esse mesmo, o que jogou no Sporting alguns anos mais tarde -, o benfiquista Javier Saviola (2001), o também argentino Sergio «Kun» Agüero (2007) e o então soviético Bessanov (1977).
 
Outros não se distinguiram tanto como os brasileiros Geovani (1983), Bismarck (1989), Adriano (1993) e Caio (1995), o romeno Gabor (1981), o uruguaio Olivera (1997), o português Emílio Peixe - eleito melhor jogador do campeonato que se realizou em terras lusas (1991) - ,  e ainda Ismail Matar, jogador dos Emirados Árabes Unidos (2003).
 
No quadro de honra dos melhores marcadores repetem-se nomes como Messi, Agüero, Saviola e o brasileiro Geovani e encontramos o nome de dois soviéticos famosos: Olek Salenko, que também seria melhor marcador de um mundial sénior em 1994, e Sergei Sherbakov, que mais tarde seria atleta do Sporting e viu a sua carreira ser tragicamente interrompida por um acidente de viação que o deixou para sempre agarrado a uma cadeira de rodas.
 
Muitos mais passaram por esta antecâmara do estrelato. Nomes como Kaká, Adriano, Marquéz, Boban, Donavan, Rui Costa, Dunga, Inamoto, Robbie Keane, Forlán, Luís Suarez, Fábio Coentrão, Henry, Trezeguet ou Roberto Carlos falam por si e demonstram porque os grandes clubes enviam um ou mais olheiros para o certame. Olhar in loco as futuras estrelas do futebol mundial faz parte da lista de obrigações de qualquer grande clube ou empresário de futebol.
 
Domínio sul-americano
 
Como os nomes dos premiados indicam, o domínio sul-americano tem sido avassalador na história da competição. A Argentina, com seis vitórias (cinco dos títulos conquistados em sete edições entre 1995 e 2007), e o Brasil com quatro triunfos monopolizam os troféus. Segue-se depois na lista Portugal, vencedor em 1989 e 1991, que é o único país além dos gigantes sul-americanos a ter vencido a competição mais do que uma vez.
 
A Espanha e três países europeus que já não existem, União Soviética, Jugoslávia e Alemanha Federal, conquistaram um campeonato cada. E há ainda o Gana, o único país africano a conquistar a competição, precisamente na última edição, realizada no Egipto.
 
Entre os finalistas vencidos destacam-se os brasileiros com três finais perdidas, seguidos de ganeses, espanhóis e nigerianos, com duas. As águias verdes nunca conquistaram o troféu, tendo perdido em 1989 contra Portugal e em 2005 contra a Argentina de Messi.

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