quinta-feira, 14 de abril de 2011

A 180 minutos de um sonho chamado Dublin

Curiosamente, estes 180 minutos são a duração do conjunto dos dois jogos das meias-finais e da viagem entre Lisboa e Dublin. Para carimbarem o passaporte para a República da Irlanda, os benfiquistas vão ter de vencer os portugueses do Sporting de Braga, que eliminaram o Dínamo Kiev. Para a história fica a “vingança” pela final de 1988.

O Benfica entrou com uma atitude muito pressionante, dificultando a vida ao sector mais recuado do PSV e até podia ter marcado por duas ocasiões nos momentos iniciais. O primeiro aviso surgiu aos cinco minutos, com Cardozo a centrar para o segundo poste, onde Gaitán, com um remate espectacular à meia-volta, obrigou Isaksson à primeira grande intervenção da noite. Passados quatro minutos, Saviola recuperou uma bola da defensiva de Eindhoven e só não inaugurou o marcador devido a uma grande saída do guardião sueco.

Entretanto, o extremo Salvio foi vítima de uma entrada muito dura de Tamata e foi obrigado a sair lesionado. O árbitro Wolfgang Stark decidiu-se, apenas, pelo cartão amarelo. Já com Carlos Martins em campo, e completamente contra a corrente de jogo, os “encarnados” sofreram um golo de Dzsudzsák (16’), que apareceu ao segundo poste a finalizar um centro de Lens.

Volvidos nove minutos, novo contra-ataque da equipa de Fred Rutten, com Lens, à segunda, a bater o guarda-redes Roberto. Com o marcador algo perigoso para o Benfica, os jogadores do Clube da Luz não baixaram os braços e foram em busca de justiça, que chegou nos descontos de tempo da primeira parte. Carlos Martins bateu um livre lateral, Isaksson não afastou totalmente o esférico e Luisão, no segundo poste cheio de estilo, fez o primeiro tento do Benfica, com um remate à meia-volta que colocou a bola no ângulo superior direito da baliza holandesa.

A etapa complementar iniciou-se com os benfiquistas a voltarem a entrar muito bem. Gaitán apostou na jogada individual (59’) e rematou com grande poder, para defesa apertada de Isaksson. Na sequência do pontapé de canto, Luisão quase bisava, com um excelente golpe de cabeça, com a bola a passar ligeiramente por cima da barra. Cheirava a golo em Eindhoven!

O empate adivinhava-se e aos 61 minutos, depois uma arrancada de César Peixoto na esquerda, Marcelo rasteirou o esquerdino na grande área, com o árbitro alemão a indicar o castigo máximo. Óscar Cardozo assumiu a responsabilidade e empatou, justamente, a partida a duas bolas. Os pupilos de Jorge Jesus passaram a comandar, definitivamente, o encontro e o PSV só conseguia criar perigo através de bolas paradas, como foi o caso de um livre de Dzsudzsák, que esbarrou numa defesa de alto nível de Roberto.
Resumindo as duas mãos, o Benfica foi claramente superior a estes holandeses do PSV e atinge as meias-finais com toda a justiça.

O Sport Lisboa e Benfica apresentou o seguinte onze: Roberto, Maxi Pereira, Luisão, Jardel, Fábio Coentrão, Javi García, Gaitán (Airton 78’), Salvio (Carlos Martins 19’), César Peixoto, Saviola (Pablo Aimar 67’) e Cardozo.

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